Duas falhas zeroday no iPhone e iPad da Apple permitem que criminosos comprometam os dispositivos apenas enviando e-mails.

Investigadores da ZecOps descobriram duas vulnerabilidades de dia zero na aplicação de email padrão presente nos iPhones e iPads da Apple, permitindo que os criminosos comprometam os dispositivos apenas através do envio de um email.

A vulnerabilidade é explorada pelos desde pelo menos janeiro de 2018, visando utilizadores de alto perfil utilizando dispositivos com o OS MobileMail instalado no iOS 12 e maild no iOS 13.

A vulnerabilidade afeta todos os dispositivos acima do iOS 6. No entanto, não é possível verificar se também está presente nas versões anteriores, uma vez que essas já não estão atualmente no mercado. A vulnerabilidade também afeta o iOS 13.4.1.

 

Em detalhe, a falha consiste na implementação do mecanismo MFMutableData presente na biblioteca MIME que falha na verificação ftruncate () que leva a Out-Of-Bounds write.

The flaw resides with the implementation of MFMutableData present in the MIME library that lacks checking ftruncate() that leads to the Out-Of-Bounds write.

 

 

A vulnerabilidade pode ser acionada mesmo antes da conclusão do download do email, então o email pode não ser descarregado completamente para o dispositivo comprometido, eliminando potenciais evidencias do ataque.

Caso o ataque falhe, a seguinte mensagem “Esta mensagem não tem conteúdo” é enviada ao criminoso.

 

No iOS 13, a vulnerabilidade pode ser acionada sem a iteração do utilizador, e no iOS 12 os utilizadores precisam clicar no email para serem comprometidos.

Uma exploração com sucesso permite a um atacante:

  • Exfiltrar detalhes do telefone (incluindo informações sobre a vítima);
  • Modificar e eliminar emails;
  • Comprometer o dispositivo totalmente através de escalonamento de privilégios, p.ex., via kernel exploits, permitindo depois, um acesso remoto ao dispositivo.

 

Se o dispositivo for comprometido, os utilizadores apenas notaram um pequeno “slowdown” do dispositivo durante a janela de ataque, e nenhum artefacto será identificado porque este é um ataque discreto.

A vulnerabilidade foi descoberta pelos investigadores em 19 de fevereiro de 2020 e ja foi lançado um remendo na atualização beta 13.4.5 recém-lançada.

Aos utilizadores com estes dispositivos, sugere-se a instalação deste remendo de segurança como meio de evitar um ataque bem sucedido.

 

 


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