A rede social Facebook admitiu que a empresa Cambridge Analytica teve acesso indevido a dados de 63 mil utilizadores portugueses do Facebook.
Segundo os dados partilhados pela próprio Facebook, aproximadamente 15 pessoas descarregaram a aplicação “thisisyourdigitallife” no Facebook. Esta aplicação foi usada para aceder a dados indevidamente. Segundo os cálculos da rede social, isto indica que “até 63 080 pessoas em Portugal podem ter sido afetadas”.
A notícia surge depois desta quarta-feira o Facebook ter revelado que não foram “cerca de 50 milhões de perfis” utilizados, como foi inicialmente denunciado, mas sim 87 milhões.
O Facebook chegou a estes números utilizando uma metodologia expanssiva — 15 pessoas instaram a aplicação, e os amigos dessas pessoas podem ter visto os seus dados acedidos indevidamente, pelo menos considerando que naquela altura o máximo de amigos permitido era 5000.
Com a atualização da informação referente ao escândalo da Cambridge Analytica, o Facebook divulgou um gráfico com os países mais afetados, com os Estados Unidos a liderar a tabela (70,6 milhões de pessoas lesadas). Seguem-se as Filipinas (1,175 milhões), Indonésia (1,096 milhões) e o Reino Unido (1,079 milhões).
“Não fizemos o suficiente“, admitiu Mark Zuckerberg durante uma conferência de imprensa feita ao telefone com jornalistas de todo o mundo.
“Não nos concentramos o suficiente na prevenção do abuso“, disse, referindo-se a notícias falsas, à interferência estrangeira em eleições, bem como os discursos de ódio.
“Não tivemos uma visão ampla do que é nossa responsabilidade, e isso foi um grande erro. Foi um erro meu“, afirmou.
O Facebook e os investidores parece terem cortado uma amizade de longa data. Alguns investidores consideram mesmo que tudo isto se trata de negligência “grosseira”, e entreram com um proecsso num tribunal federal de São Francisco.
A ação legal junta-se à pilha de problemas que o Facebook enfrenta, desde a proliferação de notícias falsas às revelações de que entidades russas investiram em publicidade na rede social para interferirem nas eleições presidenciais de 2016.
Pedro Tavares is a professional in the field of information security working as an Ethical Hacker/Pentester, Malware Researcher and also a Security Evangelist. He is also a founding member at CSIRT.UBI and Editor-in-Chief of the security computer blog seguranca-informatica.pt.
In recent years he has invested in the field of information security, exploring and analyzing a wide range of topics, such as pentesting (Kali Linux), malware, exploitation, hacking, IoT and security in Active Directory networks. He is also Freelance Writer (Infosec. Resources Institute and Cyber Defense Magazine) and developer of the 0xSI_f33d – a feed that compiles phishing and malware campaigns targeting Portuguese citizens.
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